Esta é a última carta
A última letra, o último refrão
Tudo consome
Eu odeio admitir
Por isso esqueço
Este é o último sonho
Talvez seja pesaroso
Ou não
Apenas não quero saber
Não gosto de ciclos
Não suporto a mentira
Mas eu estou lá
Na ponta da montanha
Pronta pra voltar pro início
E eu sabia de tudo
Mas sempre preferi viver esquecendo
Agora vou dormir no sofá , no centro , no canto , nas ruas
Era tudo tão vazio
É tudo tão vazio
Nunca ninguém me pegou
Eu nunca pisei fora das rachaduras
E não podia acordar ninguém
Andar na ponta dos pés , dissimular a realidade
Arranhar uma nota
E eu não estou mais lá
E eu não sinto muito
Não sinto nada
Odeio desculpas
Simplesmente passo reto
E volto ao início
Ao fim da tinta, uma nova cor
Ao fim de uma música, mais uma pequena dor
Cultivada sem cuidado
E esquecida em um pequeno canto da sala vazia
Onde teço teias
Que amarro por toda a casa
Pequeno ruído incessante
Me diz que eu já estive aqui antes
E já tentei
E teve um tempo, que eu estava indo
Mas lembro como cada suspiro gritava não
Talvez seja o mais próximo da realidade
Tudo o que eu aprendi foi como esconder
A última dança, o último aceno
Grita pra sair
Abraçando o vácuo
Plante seus pés
No chão
Você vai cair
E eu não me importo
Não há tempo pra questionamentos
Não me conte nada
Não olho mais pra trás
Esta é a ultima carta.
Passando por aqui e sigo-o, sua sensibilidade não deve-se deixar passar ao largo...
ResponderExcluirAbçs!