
Vida a Cores
Não ha mais para onde correr
Fecho os olhos
E penso em como seria desistir
A sensação é de desalento
Mas também de paz
Não se importar seria tão bom
Tudo cessaria
A fome, o desejo, a angústia
Não sentir mais
Envolver-se em uma névoa profunda
Ela serve como cobertor
Onde os pensamentos sombrios
Encontram-se encarcerados
E uma simples brisa
Consegue transformá-los em circulo vivo de nutrição
Abrace o medo
Uma onda crescente de pequenas dúvidas e paralisia
Vendo coisas tão erradas e tão pequenas crescerem e se tornarem vazias
Para onde vais? Quem soa como o vento? Quem são vocês? Eu realmente me importo?
Apenas não tenho mais energia
Para discursos desonestos e entreter vocês amigos
E continuar a fingir uma vida a cores
Enxergo tudo sobre o prisma negro
Não posso mais com pretensiosas atitudes e sonhos dissimulados
Caminho sobre fino gelo
A única coisa que me impede de quebrar
È a dor, a comoção que não quero causar
Não nasci para a entrada triunfal, prefiro um atalho,
Qualquer coisa que me afaste das luzes, do espetáculo
Que é essa roleta russa chamada vida
Nessas horas de neblina, nesse dias de chuva,
Nesses meses de tormenta e nesses anos de fúria
O único consolo permanece o ultimo gole, o último suspiro
Da convulsão inexpressiva de seguir sem enxergar,
De engolir a seco, de chorar sem lágrimas
De uma completa falta de sentidos
De sentar e esperar
Que a vida me faça pó